Anvisa veta anel que promete medir glicose sem agulha

Anvisa proibiu a fabricação, a importação, a venda e o uso de anéis comercializados como medidores de glicose sem picada de agulha, após concluir que os dispositivos não possuem registro sanitário nem comprovação científica de eficácia para aferir glicose, oxigênio sanguíneo ou frequência cardíaca.

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A decisão abrange todas as etapas da cadeia de consumo: comercialização, distribuição, fabricação, importação, manipulação, propaganda e utilização. Segundo a agência, a medida tenta deter a circulação de produtos que podem induzir erros no monitoramento de doenças como o diabetes, comprometendo a segurança dos pacientes.

Foram interditados quatro itens específicos: Anel para Acupressão Glucomax; e os dispositivos identificados apenas como Glicomax, Glucomax e Glucomax Pro. Todos são apresentados em anúncios como soluções que dispensariam a coleta de sangue para verificar parâmetros de saúde, promessa rejeitada pela autoridade sanitária.

De acordo com a autarquia, nenhum dos modelos registra estudos ou resultados laboratoriais que sustentem a capacidade de mensurar níveis de glicose, saturação de oxigênio ou atividade cardíaca. Além da ausência de evidências clínicas, os itens não constam no banco de dados de produtos regularizados, condição indispensável para entrar legalmente no mercado brasileiro.

A agência ressaltou que esses anéis circulam em plataformas de e-commerce e redes sociais, como Instagram, Facebook e TikTok. Anúncios pagos exibem imagens de pessoas famosas com o objetivo de conferir credibilidade aos dispositivos e, assim, atrair consumidores que buscam alternativas indolores para o controle da glicemia.

Para o órgão regulador, usar celebridades em campanhas de artigos sem aval científico agrava o risco de engano ao consumidor. A prática viola normas de publicidade sanitária, pois atribui ao produto propriedades terapêuticas não comprovadas, circunstância passível de sanções administrativas e remoção do conteúdo promocional.

Sem registro ou regularização, esses anéis carecem de garantias mínimas de qualidade, segurança e eficácia. A Anvisa adverte que dispositivos médicos não submetidos ao crivo técnico podem emitir leituras imprecisas, atrasando diagnósticos, mascarando hipoglicemias ou hiperglicemias e colocando em perigo a saúde de quem depende de monitoramento contínuo.

Consumidores que se deparem com a oferta de qualquer variante do Glucomax devem interromper o uso imediatamente e notificar a irregularidade. A agência mantém canais abertos para denúncias: Ouvidoria da Anvisa, disponível no portal institucional, e Central de Atendimento telefônico pelo número 0800 642 9782. Cada relato contribui para mapear a distribuição clandestina e agilizar ações de fiscalização.

A medida faz parte da rotina de vigilância do órgão, que acompanha o mercado de dispositivos médicos para impedir a introdução de produtos não conformes. Ao público, a recomendação é verificar sempre se o item desejado possui número de registro sanitário, informação que pode ser checada gratuitamente na plataforma de consultas da agência antes da compra.

Além de reforçar a proibição, a Anvisa comunicou que seguirá monitorando sites de compras e perfis em redes sociais a fim de retirar anúncios que contrariem a determinação. Caso novas denominações comerciais surjam para burlar a decisão, elas serão igualmente enquadradas e retiradas de circulação.

A ação desta quinta-feira sinaliza o compromisso do órgão regulador com a saúde coletiva, sobretudo em um cenário de crescente oferta de soluções tecnológicas que prometem facilitar o autocuidado. Sem evidências científicas claras, qualquer produto que se proponha a medir parâmetros vitais precisa ser devidamente avaliado antes de chegar ao consumidor.

Com a publicação do ato, qualquer pessoa física ou jurídica que mantenha estoque dos anéis listados está obrigada a suspender imediatamente as atividades relacionadas. O descumprimento pode resultar em multas, apreensão de mercadorias e outras sanções previstas na legislação sanitária brasileira.

Crédito Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Fonte das informações: Agência Brasil

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