Atlético-MG demite Cuca após 2 a 0 para o Cruzeiro na Copa

Atlético-MG desligou nesta sexta-feira (29) o técnico Cuca, oito meses depois de tê-lo contratado pela quarta vez; a saída ocorreu dois dias após a derrota por 2 a 0 para o Cruzeiro, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, no Mineirão.

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A decisão foi confirmada após reunião do treinador com o diretor-geral Paulo Bracks e o diretor de futebol Victor Bagy, que também comunicaram a dispensa do auxiliar Cuquinha. O encontro aconteceu na Cidade do Galo e selou o fim de uma passagem iniciada em 28 de dezembro de 2024, período em que o comandante registrou 22 vitórias, 13 empates e 12 derrotas em 47 partidas oficiais.

Apesar de ter conduzido o clube ao hexacampeonato estadual em abril, o técnico de 61 anos não resistiu ao desempenho instável no Campeonato Brasileiro, no qual o time ocupa a 12ª posição. Em nota publicada nas redes sociais da agremiação, Cuca afirmou compreender o desligamento e citou as recentes oscilações na liga nacional como fator determinante. O treinador atribuiu parte das dificuldades à ausência de atletas considerados fundamentais, sem citar nomes.

“Entendo a demissão, ela se justifica pelos últimos resultados”, declarou o treinador, agradecendo a jogadores, comissão técnica, diretoria e torcedores. No mesmo texto, Cuca demonstrou frustração por não ter avançado na Copa Sul-Americana, competição em que o Galo está nas quartas de final, e disse carregar eterna identificação com a torcida alvinegra.

Com o término do contrato, o profissional deixa Belo Horizonte como o técnico mais vitorioso da história do clube: Libertadores de 2013, Brasileiro e Copa do Brasil de 2021, além dos títulos estaduais de 2012, 2013, 2021 e 2025. Em quatro passagens, o aproveitamento geral supera 60%, marca que, entretanto, não se repetiu na temporada atual.

O revés diante do Cruzeiro pesou na balança. Jogando diante de mais de 50 mil torcedores, o Atlético finalizou apenas três vezes no alvo e sofreu gols de Matheus Pereira e Rafa Silva. A partida de volta está marcada para 4 de setembro, ainda sem local definido pela CBF, e o Galo precisará reverter a desvantagem de dois gols para seguir na Copa do Brasil.

Além do mata-mata nacional, o clube tem agenda apertada nas próximas semanas. No domingo (31), visita o Vitória no Barradão, em Salvador, pela 20ª rodada do Brasileirão. Três dias depois, encara a Universidad Católica do Equador, fora de casa, pela fase de quartas da Sul-Americana. A diretoria trabalha com a hipótese de anunciar um novo treinador interino apenas para os compromissos imediatos, evitando sobrecarga na busca por um substituto definitivo.

Internamente, nomes como Gabriel Milito, Maurício Barbieri e Juan Pablo Vojvoda circulam desde a madrugada, mas a cúpula atleticana evita prognósticos e segue mapeando opções no mercado sul-americano. O perfil desejado envolve disponibilidade imediata, experiência em competições continentais e capacidade de integrar atletas de base ao elenco profissional.

A saída simultânea de Cuquinha obriga a diretoria a recompor parte da comissão técnica. O preparador físico Diego Valverde e o analista de desempenho Tiago Leifert (homônimo do jornalista) permanecem, garantindo continuidade nos protocolos de treinamento até nova orientação. Um membro fixo do staff, o ex-zagueiro Léo Silva, pode assumir interinamente a beira do gramado caso a definição do novo comandante ultrapasse o fim de semana.

Financeiramente, o rompimento contratual não gera multa significativa, pois o vínculo previa rescisão proporcional ao tempo trabalhado. Ainda assim, o clube estima gasto de cerca de R$ 1 milhão com salários atrasados de toda a comissão desfeita. Essa conta se junta à folha mensal de R$ 12 milhões do futebol profissional, pressionando a tesouraria em meio às despesas de premiações e logística nas competições simultâneas.

Entre os jogadores, o clima é de surpresa moderada. Líderes do elenco, como o capitão Hulk e o goleiro Everson, manifestaram respeito ao ex-treinador e prometeram foco total nos objetivos restantes da temporada. A diretoria conversou individualmente com atletas considerados formadores de opinião, reforçando a urgência por resultados imediatos para manter a meta de voltar à zona de classificação à Libertadores via Brasileiro.

A torcida organizada Galoucura planeja manifestações de apoio à equipe antes do embarque para Salvador, mas sinalizou protestos caso os desempenhos não melhorem. Nas redes sociais, o anúncio da demissão gerou mais de 800 mil interações em menos de quatro horas, segundo levantamento da própria assessoria alvinegra.

Enquanto o futuro técnico não é anunciado, o departamento de futebol mantém a preparação para o calendário apertado. A expectativa é que o novo comandante seja apresentado antes do clássico de volta contra o Cruzeiro, dando tempo mínimo para ajustes táticos. A demissão de Cuca encerra mais um capítulo de relação intensa, histórica e, desta vez, abreviada entre o treinador e o Atlético-MG.

Crédito Foto: Pedro Souza/Atlético

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