Operação Bloqueia R$ 6 Bilhões do Crime Organizado em SP: Veja o Impacto

Ação da Polícia Civil de SP mira "prestadores de serviço" do crime, com bloqueio de bens e contas ligados a facções.

A Operação Falso Mercúrio, deflagrada pela Polícia Civil de São Paulo, resultou no bloqueio de impressionantes R$ 6 bilhões em bens e contas bancárias associadas a indivíduos e empresas que atuavam como “prestadores de serviço” para o crime organizado no estado. A ação representa um duro golpe nas finanças de facções criminosas e expõe a complexa rede de lavagem de dinheiro que sustentava suas atividades.

Bloqueio Bilionário e Sequestro de Bens

A pedido dos investigadores, a Justiça determinou o sequestro de um vasto patrimônio pertencente aos investigados. A lista inclui:

* 257 veículos, avaliados em R$ 42 milhões.
* 49 imóveis, com valor estimado em R$ 170 milhões.
* Bloqueio de contas bancárias de pelo menos 20 pessoas e 37 empresas, com potencial para atingir R$ 98 milhões por conta.

Os envolvidos no crime viviam uma vida de luxo e conseguiam milhões com a atividade ilícita. Hoje, nós avançamos contra essa rede criminosa”, destacou o secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves.

A Sofisticada Rede de Lavagem de Dinheiro

As investigações revelaram que o grupo criminoso operava um esquema engenhoso de lavagem de dinheiro, oferecendo serviços para diversos tipos de criminosos, como traficantes, estelionatários e operadores de jogos de azar. Para ocultar a origem ilícita dos valores, eles utilizavam uma rede de empresas de fachada, abrangendo diversos setores da economia:

* Padarias
* Adegas
* Concessionárias de veículos
* Fintechs

Estima-se que a organização criminosa possuía cerca de 49 empresas envolvidas no esquema. A diversificação dos negócios dificultava o rastreamento do dinheiro e permitia que os criminosos reinvestissem os lucros em atividades ilegais.

Ligação com o PCC e Mandados em Aberto

As investigações conduzidas pela 3ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Paulo apontam para uma ligação direta entre o grupo criminoso e a facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Essa conexão reforça a tese de que a organização atuava como uma espécie de braço financeiro do PCC, facilitando a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e outras atividades ilícitas.

Até o final da tarde desta quinta-feira (4), seis suspeitos permaneciam foragidos da Justiça, enquanto 48 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados aos investigados. A polícia continua em busca dos foragidos e trabalha para identificar outros envolvidos no esquema. Um dos beneficiários do esquema é suspeito de participação na execução de Antonio Gritzbach, em novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, o que eleva ainda mais a complexidade do caso.

Análise Final

A Operação Falso Mercúrio representa um marco no combate ao crime organizado em São Paulo. O bloqueio de R$ 6 bilhões demonstra a magnitude do esquema de lavagem de dinheiro e o poderio financeiro das facções criminosas. A ação da polícia, no entanto, sinaliza um avanço importante na desarticulação dessas organizações e na recuperação de ativos desviados para atividades ilícitas. O caso ainda está em andamento, e novas informações devem surgir à medida que as investigações avançam.

Perguntas Frequentes (FAQ)

Qual o objetivo da Operação Falso Mercúrio?

A Operação Falso Mercúrio visa desarticular um esquema de lavagem de dinheiro operado por “prestadores de serviço” para o crime organizado em São Paulo, bloqueando seus ativos e responsabilizando os envolvidos.

Qual a ligação do grupo com o PCC?

As investigações apontam para uma ligação direta entre o grupo criminoso e o Primeiro Comando da Capital (PCC), indicando que a organização atuava como um braço financeiro da facção.

Quantas pessoas foram presas na operação?

A reportagem informa que 6 pessoas estão foragidas e 48 mandados de busca foram cumpridos. Não há informação sobre prisões em flagrante no release original.


Fonte da Informação: Agência Brasil
Crédito da Foto: PCSP/Divulgação
Redação: Por: Fabio Silva – Jornalista – MTb 6851/BA

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