Caio Bonfim conquista ouro nos 20 km e amplia recorde brasileiro

Caio Bonfim assegurou o título mundial dos 20 km da marcha atlética ao cruzar a linha de chegada em 1h18min35s na capital japonesa, superando o chinês Zhaozhao Wang, que fechou em 1h18min43s, e o espanhol Paul McGrath, terceiro colocado com 1h18min45s; a vitória, confirmada na madrugada deste sábado no horário de Brasília, confirma o primeiro ouro brasileiro na competição de 2025 e transforma o marchador brasiliense no maior medalhista do país em Campeonatos Mundiais de Atletismo, agora com quatro pódios em oito participações.
A prova manteve equilíbrio até o trecho final, quando Bonfim acelerou no acesso ao Estádio Nacional de Tóquio, ultrapassando os dois rivais que dividiam a liderança; o desempenho decisivo aconteceu na volta derradeira do circuito urbano montado nos arredores da arena olímpica, onde o brasileiro adotou ritmo abaixo de 3min55s por quilômetro para neutralizar eventuais respostas de Wang e McGrath, consolidando a diferença de oito segundos em relação ao vice-campeão asiático.
Logo após a cerimônia de premiação, o atleta relatou o momento em que percebeu estar a caminho do ouro: “Passei o chinês e o espanhol muito rápido porque pensei que eles lutariam até o fim; quando entrei no estádio e vi a faixa de vencedor, entendi que seria campeão do mundo”, relatou à assessoria da Confederação Brasileira de Atletismo, ainda descrente da conquista que encerra uma espera de oito anos desde sua primeira medalha em Londres-2017.
O desempenho coletivo do Brasil contou ainda com Matheus Corrêa, 17º colocado em 1h21min04s, e Max Batista, 42º em 1h27min34s, resultados que reforçam a presença de três marchadores nacionais no pelotão principal da elite mundial; ambos completaram a distância dentro do índice estabelecido pela World Athletics para a próxima temporada, fator relevante para o planejamento olímpico da Confederação.
No evento feminino, Viviane Lyra finalizou na 12ª posição ao registrar 1h29min02s, melhor marca pessoal do ano, enquanto Gabriele Muniz terminou em 32º lugar com 1h34min28s; a experiente Érica Sena, medalhista em edições anteriores, abandonou a disputa após o terceiro quilômetro por desconforto físico, segundo informou a equipe médica. A prova foi vencida pela chinesa nota: dado não disponível na fonte; focar apenas nos resultados brasileiros, mantendo a integridade factual.
Com o ouro nos 20 km e a prata obtida nos 35 km no dia 12 de setembro, Bonfim acumula quatro medalhas – bronze em Londres-2017, bronze em Budapeste-2023, prata em Tóquio-2025 (35 km) e o título inédito desta madrugada –, marca que o eleva acima de nomes como Fabiana Murer e Alison dos Santos no quadro histórico nacional; a regularidade do marchador em dois ciclos olímpicos consolida o Brasil como potência emergente na modalidade.
O país soma agora 19 pódios em Mundiais, incluindo três ouros: o de Bonfim em 2025, o de Alison dos Santos nos 400 m com barreiras em Eugene-2022 e o de Fabiana Murer no salto com vara em Pequim-2015; a edição de Tóquio já é a melhor campanha brasileira, com um ouro e duas pratas, número alcançado graças às duas medalhas do marchador e ao vice-campeonato de Alison, que confirmou a dobradinha sul-americana nos 400 m com barreiras.
A repercussão imediata no ambiente esportivo nacional incluiu felicitações do Comitê Olímpico do Brasil e do Ministério do Esporte, que destacaram a consistência de resultados da marcha atlética como referência para categorias de base; técnicos projetam que a marca de 1h18min35s posiciona Bonfim entre os favoritos para os Jogos de Paris, embora o planejamento agora foque na recuperação pós-competição e na temporada de treinos em altitude, mantida em Cuenca, no Equador, estratégia que antecedeu os dois últimos pódios mundiais do atleta.
Crédito Foto: Aleksandra Szmigiel/Reuters
Fonte das informações: Reuters





