Fundação Pedro Calmon debate políticas públicas para Arquivos Baianos no Encontro Estadual de História

Na oportunidade, a Fundação Pedro Calmon, representada pelo diretor do Arquivo Público do Estado da Bahia, Jorge Vieira, e pelo diretor em exercício do Centro de Memória da Bahia, Walter Silva, conduziram a mesa de debate sobre Políticas para os Arquivos Baianos.

Foto: Ascom/FPC

O diretor do Apeb, Jorge Vieira, apresentou as ações que potencializam o espaço de memória que o Arquivo representa. “Estamos com um programa de modernização do Apeb, que acelerou a prestação de serviços. A emissão de certidões assinadas por certificado digital, assegurada pela infraestrutura de chaves públicas – ICP Brasil, é uma das inovações”, explicou

Em seguida, Vieira anunciou a implantação do Diretório dos Pesquisadores Independentes para contratação, uma experiência consolidada em diversos arquivos nacionais. “Essa solução proporciona um espaço de oportunidade que viabiliza as demandas de cidadãos, empresas e escritórios de advocacia por pesquisas dedicadas, e, por outro lado, democratiza o acesso a esses serviços pelos pesquisadores que atuam no Apeb. Ainda no âmbito do Arquivo estamos com o calendário do ciclo de formação técnica, conjunto de palestras e oficinas que objetivam a construção de soluções voltadas aos Arquivos Públicos Municipais”.

Ainda na palestra foi apresentado o histórico de disposições legais que versam sobre a custódia dos livros das serventias extrajudiciais custodiados por arquivos públicos, como o exemplo do arquivo de Rio de Contas – BA, Arquivo Público do Ceará, dentre outros, trazendo uma reflexão crítica acerca do direito de custódia desse acervo.

Foto: Ascom/FPC

Já o diretor do CMB, Walter Silva, falou sobre o trabalho desenvolvido pela FPC no âmbito da preservação da memória que está sendo pautado pela sociedade e pelo Governo do Estado da Bahia. “O Governo do Estado apresentou no Plano Plurianual que é um anseio da sociedade civil a necessidade de espaços de memória em todo estado, nessa perspectiva estamos lançando esse formulário para que qualquer pessoa possa preencher. É uma grande oportunidade apresentar esse projeto na ANPUH com pesquisadores que estão no campo, pois não é possível pensar em políticas públicas sem saber quem serão os beneficiados. Por isso, nosso empenho é para criar um plano de ação que consiga atender a essa demanda”, enfatizou.

A FPC também esteve presente na mesa abertura do evento, que ocorreu na terça-feira (23) com os representantes Marcelo Lima, professor da UFBA e presidente da ANPUH-Ba; Professora Laila Brichta – coordenadora PPGH/UESC; professor Carlos Alberto de Oliveira – coordenador do Colegiado de História; Professor Marcelo Lins, Presidente da ADUSC; e o
estudante Joel do Amparo – representante do Centro Acadêmico Caboclo Marcelino.

Foto: Ascom/FPC

O Professor Flávio Gonçalves, um dos coordenadores no Encontro, destacou sobre a importância da presença da FPC nos debates. “O tema do nosso encontro sobre a profissão do historiador, os debates historiográficos e as perspectivas de futuro, considerando que uma das principais áreas da nossa atuação, estão diretamente ligados aos acervos de memória e documentais é imprescindível estabelecermos um debate direto com os gestores desses sistemas, especialmente, nesse contexto, onde existem muitas discussões sobre o futuro dos acervos, e esses diálogos diretos dissipam muitas informações desencontradas”.

O XII Encontro Estadual de História trouxe na Conferência de Abertura o tema “(Neo)medievalidades políticas e gênero em tempos de crise da Nova República” conduzida pelo Presidente da ANPUH/BA.

O evento de abertura também foi marcado pela apresentação da CIA de Teatro Negro Mário Gusmão com a peça “Gueto” do dramaturgo Francisco Nascimento e direção de Josivaldo Félix.

Mapeamento de Acervos Privados de Interesse Público da Bahia

O projeto visa a localização, identificação e cadastramento de informações básicas relativas à identificação dos(as) titulares, especificações técnicas e históricas acerca da documentação, a ser realizado pelo Centro de Memória da Bahia, assim como em articulação com instituições universitárias e de pesquisa, organizações socioculturais, e outras secretarias de estado que se relacionem direta ou indiretamente com os segmentos sociais a serem alcançados.

Fonte: Ascom/FPC


Daza Moreira

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