Paraná registra mais de 8 mil casos de dengue e 7 mortes em uma semana

Os casos confirmados de dengue no Paraná aumentaram 48% em uma semana, segundo dados divulgados pela Secretaria da Saúde (Sesa). Foram notificados 8.441 novos casos e mais sete mortes pela doença no estado. 

No acumulado desde o início do período epidemiológico, que começou em julho do ano passado, o estado registrou 37.516 casos da doença. Paraná também contabilizou 111.147 notificações e 26.397 casos em investigação. No total, foram notificadas 15 mortes durante o período e 35 estão sob investigação.

De acordo com a Sesa-PR, as Regionais de Saúde com mais casos confirmados de dengue são a 16ª RS de Apucarana (9.331), 14ª RS de Paranavaí (3.379), 17ª RS de Londrina (3.353), 22ª RS de Ivaiporã (3.246) e 10ª RS de Cascavel (3.095).

Já os municípios que apresentaram mais confirmações de casos são: Apucarana (6.707), Londrina (2.718), Ivaiporã (1.841), Maringá (1.755), Paranavaí (1.583), Jandaia do Sul (1.207) e Santa Izabel do Oeste (1.117). 

Moradora de Cambé, município localizado na região metropolitana de Londrina, a dona de casa Andrea Potel, de 39 anos, relata a preocupação com o aumento de casos de dengue. Ela destaca que na cidade pouco se viu ações de combate ao mosquito.

“A gente está procurando se prevenir contra a doença. A partir do momento que eu saio, procuro usar repelente. Meu marido também. Eu moro em apartamento. Aqui não tem plantas, mas a gente, por exemplo, o potinho do cachorro, a gente sempre está lavando. E não estou percebendo uma grande movimentação. Até veio a notícia aqui que eles iam fazer um tal do fumacê. Mas eu acredito que pela forma como está a dengue, deveria estar sendo bem mais incisiva essa questão do fumacê mesmo”, destaca. 

Prevenção contra a dengue

A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. A infectologista Eliana Bicudo ressalta que manter a cidade limpa é a principal meta é evitar a proliferação do mosquito. Segundo ela, sem criadouros não há como o vetor se multiplicar.

“Controle e previna a dengue dentro do seu domicílio e fora dele. Não adianta a população ser orientada a controlar os seus vasinhos, o fechar o seu lixo, evitar pneus dentro da sua casa e pegar todo esse lixo doméstico e jogar em algum criadouro na esquina da sua rua, do seu condomínio. O lixo doméstico hoje a gente sabe que são os principais criadouros do Mosquito Aedes aegypti. Então a preocupação ela é dentro de casa, mas da comunidade e do estado, que precisa organizar o destino adequado do lixo doméstico e industrial”, diz.

O Paraná está na lista de estados priorizados pelo Ministério da Saúde para receber as remessas da vacina contra a dengue. Em alguns estados, a vacinação já iniciou para crianças de 10 a 11 anos. No entanto, a Secretaria de Saúde do Paraná informou que ainda não tem uma data prevista para receber os lotes pelo Ministério da Saúde. Diante da espera, a Sesa afirma estar pronta para aplicar.

Sinas e Sintomas

A dengue é uma doença infecciosa que pode ser assintomática (sem sintomas) ou pode apresentar quadros mais graves.  A infectologista destaca os principais sinais da doença. 

“Os principais sinais e sintomas da dengue são: febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, cansaço, dor abdominal, diarreia, alguns casos de vômitos. Lembrar sempre que a partir desse sintoma, caso a diarreia persista, a febre persista por mais de 3 ou 4 dias, ou você tenha a dor abdominal intensa, desorientação do ambiente, deve-se procurar rapidamente um serviço de saúde”, completa.

A infectologista ainda explica que o tratamento base para a dengue é a hidratação. “A hidratação é o principal tratamento da dengue, então comece precocemente. Suspeitou que está com dengue e não deu tempo de ir para a unidade básica de saúde, já começa a hidratar. Não é um copo de água, é 3 ou 4 litros de líquido até você confirmar e ser avaliado num serviço de saúde”, explica.

Pixel Brasil 61

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